Os melhores álbuns do mês: agosto de 2017


Todos nós amamos listas assim. Adoramos ver coisas que curtimos sendo reconhecidas e gostamos mais ainda de reclamar de um xodó que não recebe as honras que temos toda a certeza de merecerem. Por essas e outras, vamos começar esta maravilhosa guerra contra os headbangers e cravar os melhores álbuns do mês, todos os meses a partir de agora. Já deixo claro aqui que a lista é inteiramente de minha autoria e não reflete os gostos, opiniões e eventuais loucuras dos outros membros do Mundo Metal, então se quiser espernear, discutir amigavelmente ou sair na mão com alguém, pode me procurar; elogios e tapinhas nas costas tambêm são bem-vindos.

Ao passo que o fim do ano vai chegando, meu gás vai diminuindo e talvez eu tenha deixado passar algumas obras maravilhosas, já que eu tenho ouvido muito álbum merda nos últimos tempos (talvez meu dedo e intuição não sejam mais os mesmos). De qualquer forma, me orgulho de ser um doente mental e ter sérios problemas com minha necessidade patológica de ouvir o maior número de lançamentos possíveis, seja de estilos que amo de paixão como Epic Heavy, Death/Doom ou Power (sim, eu amo Power, e quanto mais açucarado melhor, foda-se), ou de sub-gêneros que não tenho apreço nenhum como Post-Metal e Stoner. 

Dito isso, vamos ao que interessa. Pra variar, o mês de agosto foi recheado de lindezas satânicas, plays aguardados e diversidade na cena, então a tarefa foi árdua e as escolhas chorosas. Depois digam o que acharam da seleção, o que faltou, o que na lista deveria ser obliterado da face da Terra de tão ruim e o que diabos eu ainda estou escrevendo quando eu deveria estar ouvindo a caralhada de álbuns que já sairam em Setembro. Spoiler: não tem Accept!

PS: As bandas seguem em ordem alfabética e não ordem de melhor para o pior, porque isso já seria cruel demais com o redator. 

Akercocke – ‘Renaissance in Extremis’ (Prog Black/Death)


Sexto álbum de estúdio dos britânicos e a prova que dez anos de hiato não machucaram em nada esses malucos. Técnica apurada, loucuras instrumentais, letras poderosas e a certeza de que uma das mais virtuosas e melhores bandas de Londres em atividade é o Akercocke.


Cormorant – ‘Diaspora’ (Black/Folk)


Já pela capa dá pra ver a maluquice que é ‘Diaspora’, quarto trabalho dos estadunidenses do Cormorant. Essa bagaça aqui tem mais de uma hora de marretadas e lapsos de virtuose divididos em apenas quatro músicas, uma melhor que a outra. Se quer uma hora bem gasta, ouça essa parada.


Demon Eye – ‘Prophecies and Lies’ (Heavy/Doom)


Psicodélico e arrastado na medida certa. Terceira obra dos estadunidenses, esse aqui é só deitar na cama e viajar.


Incantation – ‘Profane Nexus’ (Death)


É Incantation, é profane, macabro e brutal. Não preciso dizer mais nada.


Jack Starr’s Burning Starr – ‘Stand Your Ground’ (Heavy/Power)


O veteran guitarrista e seus comparsas tão veteranos quanto surpreendem mais uma vez com mais de uma hora do melhor que o US Metal tem a oferecer. Obrigatório para os fãs tradicionais do bom e velho Metal



Lör – ‘In Forgotten Sleep’ (Epic Prog/Folk/Power)


Poderia colocar esses moleques como “inclassificáveis”, tamanhos são os elementos, nuances e influências em ‘In Forgotten Sleep’. Basta dizer que essa delícia em forma de música provavelmente vai estar na minha lista de melhores do ano...no geral.


Portrait – ‘Burn the World’ (Heavy)


Apesar de serem relativamente novos na cena, os caras do Portrait têm uma maturidade absurda e tocam como verdadeiros gigantes da cena. ‘Burn the World’ é a quarta obra dos caras e vale cada riff, verso e refrão. Que delícia, cara! 


Pyrrhon – ‘What Passes for Survival’ (Technical Death)


É difícil saber o que se passa na cabeça de Doug Moore. Suas idéias são tão tenebrosas e sua teia de pensamento tão complexa, que o simples fato de o cara conseguir transcrever suas neuroses nas letras do Pyrrhon já é motivo suficiente pra aplausos. Mas ainda temos a velocidade desenfreada, os riffs recheados de ódio e as camadas de técnica presentes no terceiro play da banda. Imperdível e obrigatório.


Sons of Crom – ‘The Black Tower’ (Epic Heavy/Black)


Suécia e Finlândia são dois dos países mais caralhudos na história do Metal. O que acontece então se juntarmos um filho da puta Sueco e um arrombado Finlandês? Acontece o Sons of Crom e seus orgasmos fonográficos. Épico, sombrio e minuciosamente mannufaturado, ‘The Black Tower’ ganhou facinho um lugar nos melhores do mês.


Vulture – ‘The Guillotine’ (Speed/Thrash)


Os caras são da High Roller Records, se vestem como os doidos do Exciter e tocam como os bastardos do Razor. Que debut, amigo, que debut.


Menções honrosas:

Crimfall – ‘Amain’ (Symphonic Power/Viking)


Os prodígios de Helsinki entregam mais uma bela obra cheia de passagens épicas e bombásticas. Prato cheio para os pseudo-Vikings de plantão.


Dark Avenger – ‘The Beloved Bones: Hell’ (Power)


Quem me conhece sabe que eu não babo ovo pra banda nenhuma e sou da idéia de não apoiar qualquer merda de banda que nasce por aqui só por ser Brasileira; então se o Dark Avenger esta aqui, merece estar. Mário Linhares e sua trupe conseguiram aliar as características do Power mais denso com letras e história muito bem feitas, nesse que é um dos melhores trabalhos brazucas do ano, com toda a certeza.


Paganizer – ‘Land of Weeping Souls’ (Death)


Mais um veteraníssimo representante do Death Metal entregando fogo, poder e destruição. Rogga Johansson conseguiu de novo, meus amigos.



Leprous – ‘Malina’ (Prog)


Apesar de não ser muito fã da abordagem completamente Prog (prefiro a mistura com outros gêneros), é impossível não rasgar seda pros Noruegueses do Leprous. Mais uma vez, um trabalho viciante e profundo. 


Venom Inc. – ‘Avé’ (Black/Speed)


O trio mais trevoso que você conhece sambou na cara das inimigas (mais precisamente, do Chronos mesmo) e surpreendeu a todos com essa pedrada no saco aqui. Demolition Man, Abaddon e Mantas não estão pra brincadeiras, e Avé é prova concreta disso.


Redigido por Bruno Medeiros
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