Melhores Álbuns do Mês: Dezembro 2017


“Bruno, você é atrasado pra caralho, hein?” FODA-SE meu irmão! Dezembrão é época de encher a barriga de uva-passa e cair deitado na sarjeta com aquele espumante barato de atacadão que cheira a vômito, então não tive tempo de escrever essa porra antes. 
Quem achou que o último mês do ano passado foi morto tá mais perdido que puta em convento, então confere aí abaixo o que tivemos de melhor no apagar das luzes de 2017!
PS: Como já de praxe, os álbuns seguem ordem alfabética, e não de melhor para pior.


Ancient Empire – The Tower 
(Heavy/US Power)
Stormspell Records


Papai do céu, que espera foi essa! Joe Liszt, o filho da puta mais amado pelos headbangers, fez o favor de segurar as prensagens de ‘The Tower’ até o último minuto, e por isso não conseguimos a versão em CD dessa maravilha até agora, então nem vazar essa merda vazou, até o final do ano – motivo pelo qual o Mundo Metal não o colocou em nenhuma lista de melhores, porque com certeza teríamos feito diferente se tivéssemos escutado essa bagaça antes. Sofrimentos à parte, a espera valeu à pena nesse que é o MELHOR álbum do Ancient Empire até hoje: mais épico, mais riffs, mais magia e o fechamento de uma história pra lá de legal. Imperdível!


Crom – When Northmen Die 
(Power/Viking)
Pure Legend Records


Quarto álbum de estúdio do inteligentíssimo Walter “Crom” Grosse (ex-Sindecade, ex-Dark Fortress), ‘When Northmen Die’ segue a linha de seus antecessores com batalhas épicas e melancolia, dessa vez com um toque mais proeminente nas baladas e com as emoções à flor da pele. Inegável, porém, é a qualidade do álbum, que entrou em nossa lista de Power com bastante merecimento.


Deinonychus - Ode to Acts of Murder, 
Dystopia and Suicide 
(Doom/Black)
My Kingdom Music


Com mais de 25 anos de carreira e uma discografia destruidora, o Deinonychus não fez feio e retornou dez anos depois do fraco ‘Warfare Machines’ (2007) com uma obra de respeito. Acredite, o nome do álbum ilustra bem o som da parada, então prepare-se pra momentos de depressão e fúria!


Eldamar – A Dark Forgotten Past 
(Atmospheric Black/Ambient)
Northern Silence Productions


Mathias Hemmingby apareceu ao mundo em 2015 como um furacão, e em menos de três anos já conseguiu deixar os fãs de Atmospheric Black boquiabertos com sua rendição única e emocional do estilo. ‘A Dark Forgotten Past’ é o segundo álbum de estúdio da one-man band e mostra Mathias mais em contato com a natureza e seus sentimentos, mesmo que para mim a obra seja inferior a seu antecessor. É, de qualquer forma, um ode ao Black Metal em sua forma mais poética.


Feared – Svart 
(Death/Thrash)
Independente


Nunca gostei de Feared. A mistura Death/Thrash com elementos modernos, porém, é inegavelmente atraente e abre leque pra experimentações e instrumental fodidos, e com ‘Svart’, oitavo álbum dos Suecos, o tradicional Death tomou mais corpo e inundou os riffs e batidas do trabalho, resultando em uma destruição sonora de tirar o chapéu.


Grai – Ashes
(Pagan/Folk)
Noizgate Records


Meu queridinho do mês e, sem sombra de dúvidas, um dos melhores álbuns que ouvi em 2017, ‘Ashes’ marca dez anos de carreira desses maravilhosos bebedores de Vodka. Aliando o lado Folk com o melhor da música extrema, o Grai lançou aqui seu mais interessante e profundo trabalho até hoje, e se não fossem as limitações de estilo, com toda a certeza essa pepita de ouro teria encabeçado uma de minhas listas de final de ano. Obrigatório para fãs desse gênero lindo.


Hamka – Multiversal 
(Power)
Fighter Records


Fãs de Dark Moor e Fairyland, a cavalaria chegou! Épico, grandioso e opulento, ‘Multiversal’ é o segundo play dos Franceses do Hamka e oblitera quaisquer críticas a respeito do Power Metal. De forma refrescante e profissional, os caras (e a mina, já que a magnífica Elisa C. Martín é a capitã aqui) entregam um destemido play de Power com pitadas de elementos Folk do Oriente Médio e muita melodia pra provar mais uma vez que o estilo não morreu, e nem vai.


Midnight – Sweet Death and Ecstasy 
(Black/Speed)
Hells Headbangers Records


Jamie, Jameson Walters, James, ou simplesmente Athenar. Esse louco de pedra caralhudo é hoje o faz-tudo do Midnight, bandassa viril que manda um Black/Speed só pra quem troca pneu sem macaco. ‘Sweet Death and Ecstasy’ é mais êxtase do que morte, mas tem passagens extremamente agressivas e mais rápidas que aquela punheta que você tocava quando era adolescente. Se é louco!


Monads – IVIIV 
(Funeral Doom)
Aesthetic Death


Um dos estilos que costuma torcer narizes por aí, o Funeral Doom é vasto, rico e extremamente profundo assim que você começa a o entender. E quem entende da parada são os Belgas do Monads, que lançaram seu debut e provaram que mesmo os jovens têm seus demônios internos e lutas sentimentais, num álbum cheio de passagens emblemáticas do oculto e das profundezas da mente humana.


Nortt – Endeligt 
(Black/Doom)
Avantgarde Music


No antepenúltimo fucking dia do ano esse arrombado do caralho de nome engraçado me lança uma obra dessas, mêu! Segundo o próprio, o Nortt tem como estilo o “Pure Depressive Black Funeral Doom Metal”, e o cara banca a nomenclatura de forma magistral com composições visceralmente íntimas e depressivas. ‘Endelight’, quarto play de estúdio do Dinamarquês, entrega exatamente isso, e muito mais.


Menções Honrosas:

Defecto – Nemesis 
(Prog)
Black Lodge Records


Passagens intricadas, vocal grudento, composições instrumentais acima da média...e de quebra ainda rola um pouco de Power no meio! O Defecto vem trilhando o caminho árduo do Metal desde 2010, e seu segundo álbum de estúdio, ‘Nemesis’, é o testemunho de que os caras vieram pra ficar. É Prog Dinamarquês pô, precisa dizer mais?


Evilfeast – Elegies of the Stellar Wind 
(Atmospheric Black)
Eisenwald Tonschmiede


“Porra, Atmospheric Black de novo?” De novo sim, seu bosta, e se reclamar coloco três! O Evilfeast já vem destruindo mentes desde 1998 e, em contraste com o Eldamar, entra em contato com o Black Metal cru mais profundamente. GrimSpirit (também do Ravenmoon Sanctuary) usa de suas preferências épicas e góticas pra dar roupagem atemporal a seu som, e ‘Elegies of the Stellar Wind’, com toda certeza, coroa uma carreira feita somente de pontos altos.


Hooded Priest – The Hour Be None 
(Doom)
I Hate


O macabro e o assombroso se aliam ao peso e atração inerentes ao Doom no segundo álbum de estúdio dos Holandeses mais horripilantes de Asten (ok, a cidade é menor que um bairro pequeno de São Paulo, mas mesmo assim são horripilantes). Gosta de Age of Taurus, Candlemass, King Heavy...BLACK SABBATH? Então ouve aí, tá esperando o que?


Minas Morgul – Kult 
(Pagan Black)
Trollzorn Records


A banda Alemã de nome mais tr00 e foda desse lado do muro (Senhor dos Anéis, porra!) retorna em grande estilo com seus contos de paganismo e morte em ‘Kult’, sexto álbum do sexteto de Frankfurt. Sólidos e confiáveis, não há deslizes aqui; ouça!


Stormhold – Salvation 
(Heavy/Power)
Pure Steel Publishing


Não podemos ficar NUNCA sem uma boa dose de Metal descerebrado, despretensioso e alegre, certo? Então se liga no segundo play dos Suecos do Stronghold, que junta influências de Iron Maiden, Primal Fear e muito mais em ‘Nemesis’, aquele álbum perfeito pra você ouvir no carro ou na academia.



Redigido por Bruno Medeiros


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